Há muito tempo, quando o Banco do Brasil era considerado o maior banco rural do mundo, mantinha em sua Carteira Agrícola um quadro de avaliadores (também conhecidos por "fiscais") que eram pessoas com conhecimentos na área, contratadas para verificar "in loco" se os pedidos de financiamento estavam em ordem, etc., etc.
Ocorre que nem sempre eram pessoas com bom nível de escolaridade. O que valia era o conhecimento prático. Daí nos relatórios constarem algumas "batatadas" que algum gaiato, como não poderia deixar de ser, anotou para alegria de todos nós:
- "O sol castigou o mandiocal. Se não fosse esse gigante astro, as safras seriam de acordo com as chuvas que não vieram".
- "Mutuário triste e solitário pelo abandono da mulher não pode produzir".
- "Acho bom o Banco suspender o negócio do cliente para não ter aborrecimentos futuros".
- "Vistoria perigosa. As chuvas pluviais da região inundaram o percurso, que foi todo feito a muito custo".
- "Mutuário faleceu. Viúva continua com o negócio aberto".
- "O contrato permanece na mesma, isto é, faltando fazer as cercas que ainda não ficaram prontas".
- "Foi a vistoria feita a lombo de burro com quase 8 km".
- "A máquina elétrica financiada era toda manual e velha".
- "Financiado executou trabalho braçalmente e animalmente".
- "O curral todo feito a capricho, bem parecendo um salão de baile a fantasia".
- "Visitamos o açude nos fundos da fazenda e depois de longos e demorados estudos constatamos que o mesmo estava vazio".
- "Os anexos seguem em separado".
- "A lavoura nada produziu. A garantia era um jumento, mas o mutuário fugiu montado na garantia".
- "Era uma ribanceira tão ribanceada que se estivesse chovendo e eu andasse a cavalo e o cavalo escorregasse, adeus fiscal!".
- "Tendo em vista que o mutuário adquiriu aparelhagem para inseminação artificial e que um dos touros holandeses morreu, sugerimos que se fizesse o treinamento de uma pessoa para tal função".
- "Chegando à fazenda do Sr. Pedro "Jacaré" e não encontrando o referido réptil..."
- "Assunto: Cobra. Comunico que faltei ao expediente do dia 14 em virtude de ter sido mordido pela epigrafada".
(Fonte: anotações diversas de vários funcionários).
sábado, janeiro 22, 2011
Bonito é para ser lido e pensado
Não importa se só tocam
o primeiro acorde da canção
a gente escreve o resto
em linhas tortas
nas portas da percepção
em paredes de banheiro
nas folhas que o outono leva ao chão
em livros de história
seremos a memória
dos dias que virão
(se é que eles virão)
Não importam se só tocam
o primeiro verso da canção
a gente escreve o resto
sem muita pressa
com muita precisão
nos interessa o que não foi impresso
e continua sendo escrito à mão
escrito à luz de velas
quase na escuridão
longe da multidão
Somos um exército
(o exército de um homem só)
no difícil exercício de viver em paz
Somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender, pra defender...
Não importa se só tocam
o primeiro acorde da canção
a gente escreve o resto
e o resto é resto
é falsificação
é sangue falso, bang-bang italiano
suíngue falso, turista americano
livres dessa estória
a nossa trajetória não precisa explicação
(e não tem explicação)
Somos um exército
(o exército de um homem só)
no difícil exercício de viver em paz
somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender,pra defender...
Não interessa o bom senso diz
não interessa o que diz o rei
(se no jogo não há juiz
não há jogada fora da lei)
não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o estado diz
nós falamos outra língua
moramos em outro país
Somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender
Somos um exército
(o exército de um homem só)
Nesse exército
(o exército de um homem só)
todos sabem que tanto faz
ser culpado ou ser capaz
... tanto faz ...
o primeiro acorde da canção
a gente escreve o resto
em linhas tortas
nas portas da percepção
em paredes de banheiro
nas folhas que o outono leva ao chão
em livros de história
seremos a memória
dos dias que virão
(se é que eles virão)
Não importam se só tocam
o primeiro verso da canção
a gente escreve o resto
sem muita pressa
com muita precisão
nos interessa o que não foi impresso
e continua sendo escrito à mão
escrito à luz de velas
quase na escuridão
longe da multidão
Somos um exército
(o exército de um homem só)
no difícil exercício de viver em paz
Somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender, pra defender...
Não importa se só tocam
o primeiro acorde da canção
a gente escreve o resto
e o resto é resto
é falsificação
é sangue falso, bang-bang italiano
suíngue falso, turista americano
livres dessa estória
a nossa trajetória não precisa explicação
(e não tem explicação)
Somos um exército
(o exército de um homem só)
no difícil exercício de viver em paz
somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender,pra defender...
Não interessa o bom senso diz
não interessa o que diz o rei
(se no jogo não há juiz
não há jogada fora da lei)
não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o estado diz
nós falamos outra língua
moramos em outro país
Somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender
Somos um exército
(o exército de um homem só)
Nesse exército
(o exército de um homem só)
todos sabem que tanto faz
ser culpado ou ser capaz
... tanto faz ...
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