O cara estava há cinco anos
internado num hospício
e não conseguia se livrar dos
seus delírios. Ele
simplesmente não conseguia
separar a fantasia da rea-
lidade. Mas estava cansado
da comida ruim,
daquele bando de malucos,
da falta de liberdade, e re-
solveu que faria tudo para de-
monstrar norma-
lidade na próxima entrevista
de
avaliação com seu psi-
quiatra.
O dia chegou. O Médico cha-
mou
o louco. Ele se aproxi-
mou, com a maior cara de conte-
údo, e cumprimentou
o doutor.
- Você parece bem... - comentou
o psiquiatra.
- Ah, com certeza. Me sinto ótimo.
Pronto para me re-
integrar à sociedade.
- Ok. Então vamos lá. Se você saís-
se hoje, o que faria?
O maluco coçou o queixo e respon-
deu de pronto:
- Procuraria um emprego, para me
manter sem depen-
der da ajuda dos meus pais, e ten-
taria reerguer
minha vida com um novo relaciona-
mento afetivo para,
quem sabe, constituir minha
própria
família.
- Ótimo! - Entusiasmou-se o
médico. - E se, ao sair
daqui, o hospital lhe desse um
caminhão?
- Seria perfeito! - emendou o
louco - Sairia viajando
pelo Brasil, transportando car-
gas, ganhando meu
próprio dinheiro...
Neste momento um outro louco,
que só ouviu um pe-
daço da conversa, se aproxima e
pergunta ao colega:
- Como é essa história? Você quer viajar de que jeito?
- Num caminhão! - Responde o entrevistado.
- Oba! Me leva também?
- Claro! Entra aí!
O médico se espanta:
- Espera! Eu não te dei o caminhão
ainda!
O louco vira pro colega, tentando
voltar a fazer cara
de normalidade:
- Então desce, desce agora...
Nenhum comentário:
Postar um comentário